Bioparque MB terá atividades suspensas ao final do período de moagem operações depende agora da análise e aprovação das autoridades regulatórias, que devem se posicionar nas próximas semanas (EA1 Notícias). Em 1980, foi inaugurada pelo presidente João Figueiredo em Morro Agudo a Destilaria MB (Maurilio Biagi), primeira destilaria autônoma do País. Anos depois foi implantada a fábrica de açúcar e unidade foi incorporada pela Dreyfus por meio da subsidiária LDC Bioenergia. Na sequência a Raízen assumiu o controle da usina que agora será desativada (Da Redação, 16/1124)
A Raízen, gigante do setor sucroenergético, confirmou ao EA1 que irá suspender as operações do Bioparque MB, localizado em Morro Agudo (SP), ao final do período de moagem, previsto para o final de dezembro de 2024. Além disso, a companhia informou que realizará a venda de 900 mil toneladas de cana-de-açúcar do Bioparque Vale do Rosário, situado na mesma cidade, como parte de uma estratégia de otimização de suas operações na região de Ribeirão Preto.
A empresa afirmou que a grande maioria dos colaboradores do Bioparque MB será transferida para outras unidades da companhia. Para aqueles que eventualmente venham a ser desligados, a empresa está negociando um pacote de compensação junto aos sindicatos, visando minimizar os efeitos dessa reestruturação. A Raízen reforçou seu compromisso com a legislação trabalhista vigente e com o bem-estar de seus funcionários.
Venda de cana para Alta Mogiana
A Raízen anunciou ainda a assinatura de um acordo com a Alta Mogiana para a venda de até 900 mil toneladas de cana-de-açúcar, num valor aproximado de R$ 381 milhões. A transação, que também depende da aprovação do Cade, deve gerar um ganho líquido contábil estimado em R$ 300 milhões, que será contabilizado ainda no ano safra 2024/25.
O valor da cana foi fixado em aproximadamente US$ 75 por tonelada, conforme cálculos divulgados pela própria companhia. Esse acordo está alinhado com a estratégia da Raízen de reciclar seu portfólio de ativos e reduzir seu endividamento bruto, fortalecendo ainda mais sua posição no mercado.
A decisão faz parte de um movimento da empresa para melhorar sua eficiência logística e agroindustrial, concentrando suas atividades em áreas estratégicas. A venda da cana-de-açúcar está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), que ainda analisará a transação. Em comunicado oficial, a Raízen assegurou que todos os compromissos estabelecidos com seus fornecedores parceiros serão rigorosamente cumpridos.
Perspectivas Futuras
Com essas movimentações, a Raízen busca reforçar sua presença e competitividade na região, ao mesmo tempo em que ajusta seu portfólio para enfrentar os desafios do setor. A empresa permanece comprometida em cumprir suas obrigações e buscar soluções que beneficiem tanto seus parceiros quanto seus colaboradores.
A conclusão dessas operações depende agora da análise e aprovação das autoridades regulatórias, que devem se posicionar nas próximas semanas (EA1 Notícias, 13/11/24)