Os preços do petróleo caíram mais de US$ 4 (R$ 22,83) por barril nesta segunda-feira (28), depois que o ataque do Israel contra o Irã no fim de semana não ter atingido instalações petrolíferas e nucleares e não ter interrompido o sistema de energia.
Tanto os futuros do petróleo Brent quanto os do U.S. West Texas Intermediate atingiram seus valores mais baixos desde 1º de outubro na abertura. Por volta das 9h10 (horário de Brasília), o Brent caía 5,8%, a US$ 71,62 (R$ 408,73) por barril, enquanto o WTI perdia cerca de 6%, operando a US$ 67,31 (R$ 384,13).
Os índices de referência tinham avançado 4% na semana passada em negociações voláteis, com os mercados avaliando a incerteza sobre a iminente eleição dos EUA e a extensão da resposta esperada de Israel ao ataque com mísseis iranianos em 1º de outubro.
Não há dúvida de que a resposta de Israel foi fortemente influenciada pelo governo Biden antes das eleições nos EUA, disse John Evans, da corretora de petróleo PVM.
Para o analista Vivek Dhar, do Commonwealth Bank of Australia, a expectativa é não haja uma rápida redução do conflito no Oriente Médio. “Apesar de Israel ter optado por uma resposta de baixa agressão ao Irã, temos dúvidas de que Israel e os representantes do Irã (Hamas e Hezbollah) estejam no caminho certo para um cessar-fogo duradouro”, disse ele em uma nota.
O Citi reduziu sua meta de preço do Brent para os próximos três meses de US$ 74 para US$ 70 o barril, levando em conta um prêmio de risco menor no curto prazo, disseram os analistas liderados por Max Layton em uma nota (Reuters, 28/10/24)