Austrália é o quarto maior exportador de açúcar do mundo, e envia de 3,5 milhões de toneladas por ano à Ásia.
Disputas industriais em fábricas que produzem mais da metade do açúcar da Austrália podem fazer com que a cana não seja colhida se não forem resolvidas em breve, ameaçando a produção e as exportações, disseram pessoas do setor.
As greves por causa de salários em oito usinas de propriedade da Wilmar International, de Cingapura, que produzem mais de dois milhões de toneladas métricas — no valor de cerca de US$ 1 bilhão (R$ 5,4 bilhões, na cotação atual) — de açúcar por ano, atrasaram o início das operações de esmagamento de cana entre 2 e 13 dias, informou a subsidiária australiana da empresa.
Uma nona usina, de propriedade do conglomerado chinês Cofco, informou que também atrasou seu início devido a greves e condições climáticas adversas.
A Austrália é o quarto maior exportador de açúcar do mundo, enviando cerca de 3,5 milhões de toneladas por ano para mercados principalmente na Ásia. Uma pequena redução na produção australiana reduziria a oferta na Ásia, mas provavelmente teria pouco impacto sobre os preços globais.
No entanto, os atrasos estão preocupando os produtores que alinharam mão de obra para entregar a cana, mas ainda não ameaçam a produção geral de açúcar em uma temporada de moagem que vai de junho a novembro, quando as chuvas diluem o açúcar da cana e dificultam a colheita (Reuters, 7/6/24)