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Cana/Conab: 1º Levantamento da safra 2024/25 prevê 685,87 mi de t, -3,8%

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A safra brasileira de cana-de-açúcar 2024/25 (iniciada oficialmente neste mês) deve alcançar 685,86 milhões de toneladas, uma redução de 3,8% em relação à safra anterior 2023/24, que foi de estimada em 713,21 milhões de t. Os números fazem parte do primeiro levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), divulgado hoje.

Conforme comunicado da Conab, entre os fatores apontados para a queda, estão os baixos índices pluviométricos, aliados às altas temperaturas registradas na Região Centro-Sul. O clima adverso pode causar perdas na produtividade, estimada em 79.079 quilos por hectare, 7,6% abaixo da obtida na safra anterior (85.580 kg/ha), que foi favorecida pelas boas condições climáticas.

De acordo com o levantamento da Companhia, a área de colheita da cana apresentou crescimento de 4,1%, passando de 8,33 milhões de hectares para 8,67 milhões de hectares. “O crescimento deve-se ao aumento de áreas em expansão e renovação, sendo que a colheita na Região Centro-Sul, já iniciada, passa a se intensificar a partir de maio”, explicou a estatal.

Apesar da redução na safra, a pesquisa da Conab mostra uma produção de açúcar estimada em 46,29 milhões de toneladas, um acréscimo de 1,3% em relação ao obtido na safra anterior, recorde até então. Quando comparada com a safra 2023/24, com exceção da Região Norte, e os Estados de Mato Grosso e São Paulo, apesar do maior direcionamento da cana-de-açúcar para a produção do adoçante em relação ao etanol, observa-se crescimento na produção de açúcar. “O mercado favorável justifica esse valor, colocando, a atual safra, como a maior produção de açúcar da série histórica da Conab”, destacou.

Já a produção total de etanol, somados os produzidos a partir da cana-de-açúcar e do milho, deverá reduzir 4% em relação à safra anterior. A estimativa indica a produção de 34,18 bilhões de litros de etanol, produzidos a partir da cana-de-açúcar e de milho. Desse total, 15,18 bilhões de litros serão de etanol anidro, recorde, e 19 bilhões de litros de etanol hidratado.

Quando analisado apenas o etanol oriundo do esmagamento da cana-de-açúcar, observa-se uma redução de 8%, devendo atingir 27,32 bilhões de litros. Para o etanol hidratado, a expectativa é de produção de 15,05 bilhões de litros, uma redução de 14,7% em relação à safra anterior. “O déficit poderá ser parcialmente compensado com o aumento da produção de etanol de milho. Já o etanol anidro deverá ter aumento de 1,8%, quando comparado à última safra, recorde até então”, ponderou a Conab.

Já o derivado de milho, apresenta crescimento de 16%, alcançando recorde estimado em 6,86 bilhões de litros. A maior parte é de etanol hidratado, com crescimento de 7,3%, somando, 3,95 bilhões de litros, enquanto o etanol anidro deverá ter uma produção de 2,92 bilhões de litros, 30,1% acima do volume produzido na safra 2023/24.

Regiões

Na Região Sudeste, onde se concentra a maior produção de cana-de-açúcar do País (64,6%), estima-se uma produção de 442,74 milhões de toneladas, uma retração de 5,6% ante a safra 2023/24, com a maior redução observada em São Paulo, de 28,32 milhões de toneladas, por causa do contraste com o excelente resultado da safra passada. O Centro-Oeste, segunda região que mais produz cana-de-açúcar, tem a estimativa, para esta safra, de 145,69 milhões de toneladas destinadas ao setor sucroenergético.

Para o Nordeste, indica-se uma produção de 56,65 milhões de toneladas, semelhante à obtida na safra anterior, com lavouras em fase de crescimento e provável início da colheita a partir de agosto. Já nas Regiões Sul e Norte do País, a expectativa é que produzam, respectivamente, 37 milhões de toneladas e 3,78 milhões de toneladas (Broadcasst, 26/4/24)

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