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La Niña tem 60% de probabilidade de se desenvolver de junho a agosto

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No Brasil, fenômeno tende a resultar em tempo mais seco na região sul e mais úmido ao norte do país, segundo especialistas.

Um órgão de meteorologia do governo dos Estados Unidos projeta em cerca de 60% a chance de o padrão climático La Niña, caracterizado por temperaturas excepcionalmente frias no Oceano Pacífico, surgir na segunda metade de 2024.

Há 85% de chance de que ocorra uma transição do El Niño para o ENSO-neutro até abril-junho, informou o CPC (Centro de Previsão Climática), do Serviço Nacional de Meteorologia, em uma previsão mensal nesta quinta-feira (11).

No Brasil, o El Niño resultou em tempo seco no final do ano passado, quebrando a safra de soja de Mato Grosso, enquanto trouxe chuvas volumosas para o Sul, principalmente o Rio Grande do Sul. Já o La Niña tende a resultar em tempo mais seco no Sul e mais úmido ao norte.

O sul da África está sofrendo com a pior seca dos últimos anos, devido a uma combinação de El Niño — quando um aquecimento anormal das águas no leste do Pacífico irradia calor para o ar, levando a um clima mais quente em todo o mundo — e temperaturas médias mais altas produzidas pelas emissões de gases de efeito estufa.

Enquanto isso, a agência meteorológica do Japão disse na segunda-feira que havia 8% de chance de o fenômeno El Niño terminar durante a primavera do hemisfério norte (Reuters, 11/4/24)

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