O processamento da safra de cana-de-açúcar 2023/24 (com início entre abril e agosto, dependendo do Estado) no Norte e no Nordeste do País atingiu 52,90 milhões de toneladas até 15 de fevereiro. Isso corresponde a um aumento 5,3% em comparação com igual período da safra passada (2022/23). Os dados foram divulgados pela Associação de Produtores de Açúcar, Etanol e Bioenergia (NovaBio), que acrescentou que cerca de 80% safra está concluída no Norte e Nordeste.
A produção de açúcar no acumulado da safra foi de 3,08 milhões de toneladas, 13,8% a mais do que em igual período do ciclo anterior, de 2,71 milhões de t.
Segundo Renato Cunha, presidente-executivo da NovaBio e presidente do Sindicato da Indústria do Açúcar e do Álcool no Estado de Pernambuco (Sindaçúcar/PE), mais de 63% da produção deve ser destinada ao exterior. O Brasil terá, assim, maior participação “na comercialização do VHP, refinado e cristal, sobretudo nos embarques para as Américas e África”, disse em comunicado. Ele acrescentou que, na safra corrente, tem havido formação de estoques no mercado global, principalmente por causa das instabilidades associadas aos conflitos armados entre países.
A produção de etanol, somados anidro e hidratado, cresceu 1,1%, para 2,01 bilhões de litros, ante 1,99 bilhão de litros um ano antes. A produção de etanol hidratado cresceu 12,3%, para 1,01 bilhão de litros. No caso do etanol anidro, houve retração de 8,1%, para 999,7 milhões de litros.
O estoque físico de etanol somava 313,6 milhões de litros em 15 de fevereiro, aumento de 20,94% ante igual data da safra passada. Do total, 209 milhões de litros eram de anidro e 104,5 milhões de litros, de hidratado (Broadcast, 6/3/24)