Período de entressafra para algumas unidades produtoras do estado de São Paulo, o mês de novembro se encerrou com os preços dos etanóis hidratado e anidro em queda. No início do mês, a expectativa de agentes era de certo crescimento da demanda pelo biocombustível, com fundamento vindo dos feriados ao longo de novembro.
No entanto, o aquecimento na demanda ficou abaixo do esperado. Compradores indicaram que o produto vindo de outros estados da região Centro-Sul e armazenado em bases das cidades de Paulínia (SP) e Guarulhos (SP) supriu a necessidade, fazendo com que as novas aquisições fossem pontuais, especialmente no final do mês. Do lado vendedor, a postura de muitos agentes quanto aos preços de negociação esteve firme em parte do mês.
Além disso, chuvas chegaram a dificultar as atividades no campo e, consequentemente, a moagem na indústria – algumas unidades paralisaram os trabalhos. No fechamento do mês, contudo, a oferta aumentou, sobretudo de hidratado. Agentes de usinas passaram a ficar mais ativos no mercado spot nos últimos dias de novembro, por conta do maior volume estocado nos tanques e do resultado ainda pouco atrativo da demanda na ponta varejista, mesmo em meio à vantagem competitiva nas bombas.
Assim, levantamento do Cepea mostra que, considerando-se as semanas cheias do mês, a média do Indicador CEPEA/ESALQ do hidratado foi de R$ 2,1352/litro, recuo de 2,74% na comparação com o de outubro. No caso do anidro, no mesmo comparativo e considerando-se somente o mercado spot (Indicador CEPEA/ESALQ), o recuo foi de 1,28% de outubro para novembro, com a média passando para R$ 2,4421/litro.
Em novembro, a relação entre os preços do etanol hidratado e da gasolina C nas bombas paulistas ficou em 62,2%, contra 61,9% no mês anterior. As médias foram de R$ 5,53/litro para o combustível fóssil e de R$ 3,44/litro para o etanol, diferença de pouco mais de 2 Reais, segundo levantamento mensal da Agência Nacional do Petróleo e Gás Natural (ANP).
NORDESTE
Os preços dos etanóis anidro e hidratado cederam por mais um mês no mercado nordestino, pressionados pelo aumento da oferta e pela queda nos valores do etanol do Centro-Sul. Em Pernambuco, o Indicador mensal CEPEA/ESALQ do hidratado fechou em R$ 2,3402/litro (sem frete, sem ICMS e sem PIS/Cofins) em novembro, baixa de 6,81% frente a outubro.
O Indicador mensal do anidro foi de R$ 2,6374/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), recuo de 9,61% frente ao mês anterior. Em Alagoas, o Indicador mensal CEPEA/ESALQ do hidratado fechou em R$ 2,2414/litro (sem frete, sem ICMS e sem PIS/Cofins) em novembro, desvalorização de 7,9% frente a outubro. Para o Indicador mensal do anidro, a média foi de R$ 2,5670/litro (Sem frete, sem ICMS e sem PIS/Cofins), queda de 8,65% frente o mês de outubro.
Na Paraíba, o Indicador mensal do hidratado CEPEA/ESALQ caiu 5,12% frente ao mês de outubro, fechando em R$ 2,4469/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins) em novembro. Para o Indicador mensal do anidro, a média foi de R$ 2,7043/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), queda de 9,29% frente ao mês anterior.
Já do lado varejista, a diferença média em novembro entre os preços do etanol hidratado nas bombas dos postos da região Nordestina e dos da gasolina C ficou entre 1,54 Real/litro e 1,64 Real/litro. Quanto à relação média entre os combustíveis, vem se aproximando dos 70%, considerado competitivo o abastecimento com o biocombustível. Em novembro, foi de 71,6% para AL, de 71,3% na PB e de 71,9% em PE – dados mensais da ANP (Assessoria de Comunicação, 7/12/23)