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Brasil vai aderir a acordo global na COP28 para triplicar energia renovável

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Rascunho de documento prevê ainda compromisso pela redução do carvão e duplicação da eficiência energética.

O Brasil assinou um acordo para triplicar a energia renovável até 2030 e se afastar do uso do carvão. A informação foi divulgada pela agência Reuters nesta sexta-feira (24) e confirmada à Folha pelo Ministério de Relações Exteriores.

“O Brasil analisou e vai se associar à declaração”, afirma o secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty, André Corrêa do Lago.

Ele ressalta que a ideia do acordo é triplicar a capacidade de geração de renováveis no mundo, como um todo. “Não dá para triplicar no Brasil”, diz. Atualmente, 48% da matriz energética brasileira já vêm de fontes renováveis, número que sobe para 83% se for considerada apenas a geração de energia elétrica.

“A gente vai trabalhar com outros países em bioenergia, etanol, eólica, solar, hidrelétrica, tudo o que a gente puder”, explica o embaixador. “O Brasil quer, naturalmente, participar do esforço internacional para aumentar o número de renováveis.”

A assinatura brasileira se junta a um possível acordo articulado para a COP28 (conferência da ONU sobre mudanças climáticas), já apoiado por União Europeia, Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos.

O Brasil é agora um dos cerca de cem países a assinar o acordo, segundo uma autoridade europeia familiarizada com o assunto.

Fontes disseram à Reuters neste mês que o objetivo é que o acordo seja oficialmente adotado pelos líderes participantes das negociações climáticas da COP28, que começam na próxima semana em Dubai, nos Emirados Árabes.

A embaixada do Brasil em Abu Dhabi afirmou em uma carta ao Ministério das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos que o país iria aderir ao acordo intitulado “Compromisso Global de Metas de Energia Renovável e Eficiência Energética”.

O Brasil já tem uma participação importante no setor de energia renovável. A maior parte da eletricidade do país vem de usinas hidrelétricas, com a geração de energia solar e eólica se expandindo rapidamente.

O carvão representa pouco mais de 1% da eletricidade do Brasil, de acordo com estatísticas oficiais.

A minuta sobre energia renovável, analisada pela Reuters, compromete-se com “a redução gradual ininterrupta da energia do carvão”, incluindo o fim do financiamento de novas usinas elétricas movidas a carvão.

Também inclui um compromisso de dobrar a taxa anual global de melhoria da eficiência energética para 4% ao ano até 2030 (Folha, 25/11/23)

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