Em outubro, agentes de usinas paulistas consultadas pelo Cepea estiveram focadas nos carregamentos do biocombustível, que foram intensos, e as ofertas destes vendedores ocorreram a preços maiores. Além disso, chuvas dificultaram as atividades no campo, e parte das unidades precisou paralisar a moagem.
Diante disso, levantamento do Cepea mostra que, considerando-se as quatro semanas cheias de outubro, a média do Indicador CEPEA/ESALQ do preço do hidratado foi de R$ 2,1953/litro, alta de 0,63% na comparação com o período anterior. No caso do anidro, no mesmo comparativo e considerando somente o mercado spot (Indicador CEPEA/ESALQ), houve recuo de 1,6% de setembro para outubro, a R$ 2,4738/litro no último mês.
A safra 2023/24 na região Centro-Sul do País caminha para o final. Levantamento preliminar realizado pelo Cepea mostra que a previsão inicial é de término da temporada 2023/24 entre a segunda quinzena de novembro e meados de dezembro em algumas unidades produtoras de São Paulo.
Dados da Unica (União da Indústria da Cana-de-Açúcar e Bioenergia) referentes à primeira quinzena de outubro mostram queda na moagem de cana na primeira metade do mês, devido a ocorrências frequentes de chuvas nas regiões produtoras.
Ainda assim, a consultoria Canaplan indica que a expectativa é de moagem recorde de cana na região Centro-Sul no acumulado da temporada, somando 636 milhões de toneladas. Alguns agentes do mercado trabalham com outro volume, de 625 milhões de toneladas, mas ainda acima do processado na temporada 22/23.
NORDESTE
A safra 2023/34 no Nordeste vem sendo marcada, mais uma vez, pelo mix mais açucareiro. Segundo dados divulgados pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), a safra na região Norte/Nordeste do Brasil pode alcançar 62,57 milhões de toneladas de cana, aumento de 3,1% frente à temporada anterior. As condições climáticas mais favoráveis e a maior produtividade justificam o aumento na quantidade de cana a ser moída. Em Pernambuco, o Indicador mensal CEPEA/ESALQ do hidratado fechou em R$ 2,5112/litro (Sem frete, sem ICMS e sem PIS/Cofins) em outubro, baixa de 6,65% frente a setembro.
Para o Indicador mensal do anidro, a média foi de R$ 2,9179/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), após três meses sem divulgação deste Indicador. Vale ressaltar que isso ocorreu porque usinas de Pernambuco têm contratado mais o etanol anidro, restando pouco volume para ser comercializado no mercado spot.
Na Paraíba, o Indicador mensal do hidratado CEPEA/ESALQ caiu 2,88% frente ao mês de setembro, fechando em R$ 2,5791/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins) em outubro. Para o Indicador mensal do anidro, a média foi de R$ 2,9813/litro (sem ICMS e sem PIS/Cofins), estabilidade frente ao mês anterior (-0,09%).
Em Alagoas, o Indicador mensal CEPEA/ESALQ do hidratado fechou em R$ 2,4337/litro (Sem frete, sem ICMS e sem PIS/Cofins) em outubro, baixa de 4,14% frente ao do mês anterior. Para o Indicador mensal do anidro, a média foi de R$ 2,8102/litro (Sem frete, sem ICMS e sem PIS/Cofins), queda de 2,68% na mesma comparação (Assessoria de Comunicação, 7/11/23)