Safra 2023/2024 continua superando a anterior em toneladas de cana por hectare, mas ATR tem queda na maioria das regiões
A média de produtividade dos canaviais colhidos no mês de julho no Centro-Sul (98 t/ha) foi 24,1% superior à registrada na safra passada (78,9 t/ha). No acumulado da safra, a produtividade segue a mesma tendência, com variação positiva de aproximadamente 22% (93,6 t/ha nesta safra, contra 76,5 t/ha em 2022/23).
Os dados são do Boletim de Olho Na Safra, divulgado hoje pelo CTC (Centro de Tecnologia Canavieira).
Os destaques de crescimento da produtividade em julho foram Araçatuba (35,8%), São Carlos (33,5%) e Mato Grosso do Sul (31,5%) Já a qualidade da matéria prima (ATR) colhida no mês de julho foi inferior em praticamente todas as regiões, com exceção dos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná.
Essa menor riqueza no mês de julho pode ser atribuída à melhor distribuição de chuvas que ocorreu na região Centro-Sul que, consequentemente, contribuiu para o melhor armazenamento de água no solo.
Com mais água no solo a cana tende a maturar menos, diminuindo a produção de açúcar.
O valor de ATR de julho afetou negativamente o acumulado da safra para esse indicador, porém, na média do Centro-Sul os valores estão praticamente iguais, sendo 129,8 kg/tc em 2022/23 para 129,5 kg/tc nesta safra. As maiores quedas foram observadas em São Carlos (-6,2%), Piracicaba (-5,9%) e São José do Rio Preto (-3%).
Sobre o CTC
O CTC – Centro de Tecnologia Canavieira é uma empresa de biotecnologia e inovação, líder global em ciência da
cana-de-açúcar. Tem um dos maiores bancos de germoplasma de cana-de-açúcar do mundo, com mais de 4 mil variedades. Nos laboratórios em Piracicaba (SP) e Saint-Louis (Missouri-EUA), as equipes de cientistas desenvolvem trabalhos de ponta em melhoramento e engenharia genética. O portfólio da companhia reúne variedades de cana de alta produtividade e resistentes à pragas.
Criado em 1969, CTC contribuiu nestes 50 anos de história para o avanço tecnológico do agronegócio nacional e a competitividade do setor sucroenergético, levando o Brasil à liderança mundial do setor, aumentando a produtividade para atendimento da demanda mundial de açúcar, proporcionando visibilidade ao etanol como um dos mais importantes biocombustíveis do mundo e a cogeração através do processamento da palha da cana (bioeletricidade).