A Jalles Machado, companhia do setor sucroenergético, registrou lucro líquido de R$ 49,5 milhões no primeiro trimestre do ano fiscal 2023/24, encerrado em 30 de junho, disse a empresa nesta quinta-feira, depois do fechamento do mercado.
O resultado representa queda de 58,75% ante os R$ 120 milhões reportados em igual período do ano fiscal anterior.
O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ficou 16,7% abaixo na mesma comparação, de R$ 326 milhões para R$ 271,4 milhões. Já a receita líquida aumentou 0,5%, para R$ 445,1 milhões, ante os R$ 442,8 milhões reportados há um ano.
A Jalles Machado processou 3,019 milhões de toneladas de cana-de-açúcar no trimestre, 33,9% mais do que no primeiro trimestre da safra anterior (2,256 milhões de toneladas). A produção de açúcar subiu 21,8% na mesma comparação, de 105,7 mil toneladas para 128,8 mil toneladas. Em comunicado, a companhia informou que houve recorde no índice, após os estímulos feitos pela empresa para produção do adoçante, em resposta aos preços atrativos para a commodity no mercado internacional. “Tivemos um mix mais açucareiro, isso contribuiu para registrarmos recorde histórico”, afirmou a Jalles, que registrou vendas 12,5% maiores no ciclo, a 88,6 mil toneladas.
O açúcar orgânico, especialidade da empresa, representou 30,1 mil toneladas (alta de 93,6%); o branco, 93,2 mil toneladas (+6,7%), e o VHP, que costuma ser destinado à exportação, 5,5 mil toneladas (+96%). O etanol produzido somou 144,7 milhões de litros, aumento de 36,8% na comparação anual.
A produção do biocombustível anidro caiu 1,4% no período, para 33,7 milhões de litros, enquanto a do hidratado caiu 36,9% na Usina Otávio Lage, a 40,5 milhões de litros. A Usina Santa Vitória registrou o primeiro trimestre em atividade, com 70,5 milhões de litros produzidos. O mix ficou em 64,5% para etanol e 35,5% para o açúcar, ante 59% e 41%, respectivamente, em igual período de 2022 (Broadcast, 11/8/23)