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Brasil ainda tem mercado de US$ 700 bi para explorar no agro mundial

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País pode aumentar sua presença em setores como frutas, vegetais, alimentos processados, bebidas, laticínios, cacau, chocolate, nozes e outras oleaginosas além da soja.

O Brasil é uma das maiores potências mundiais na exportação de produtos agrícolas com embarques totais de US$ 158,9 bilhões (R$ 802,4 bilhões na cotação atual), um crescimento de 32% em relação a 2021. Mas existe ainda um enorme mercado global inexplorado, ou ainda pouco explorado, para os produtores rurais e a agroindústria brasileira, da ordem de US$ 720 bilhões (R$ 3,6 trilhões) por ano, segundo um estudo do Insper Agro Global, publicado neste mês de setembro. São áreas nas quais o país tem uma fatia muito pequena, exportando apenas US$ 5 bilhões (R$ 25,2 bilhões), como ocorreu em 2021, com um share, que é a métrica para a participação em um segmento, de menos de 1%.

Um mercado a ser explorado

De acordo com o estudo do Agro Insper Global, o Brasil tem condições de se consolidar como fornecedor regular e confiável de outras commodities além da orientação atual. No entanto, diversificar mercados e produtos e adicionar valor nas exportações ainda é um desafio para o país.

Os dados fazem parte do Global Agri Trade Data, plataforma que acompanha 76 agrupamentos de produtos do campo. Os itens com potencial de exportação são frutas, vegetais, alimentos processados, bebidas, laticínios, cacau, chocolate, nozes, além de oleaginosas, com exceção da soja.

Atualmente, as exportações brasileiras se concentram em commodities como o complexo soja (grão, farelo e óleo), além de milho, celulose, açúcar, algodão, café, suco de laranja e carnes bovina, aves e suína. Esses produtos devem seguir alavancando a participação do país no mercado global.

 “O país deveria investir em uma diversificação para não ficar dependendo apenas de poucos produtos, no qual são muito importantes, mas que hoje temos um grupo de apenas dez grandes commodities”, diz Marcos Jank, coordenador do Insper Agro Global. “Tem mais coisas na cadeia produtiva, inclusiva, com valor agregado, como frutas, salgadinhos e alimentos preparados, que são esses que aparecem no grupo onde há mais de US$ 700 bilhões para explorar.” Para o especialista do Insper, “além de ampliar os produtos, também precisamos pensar em diversificar destinos, abrir mais os mercados”.

A clientela brasileira

Há duas décadas os maiores clientes de produtos agropecuários brasileiros eram a União Europeia, os Estados Unidos e o Canadá, atualmente esse cenário mudou. A China e Hong Kong são os maiores importadores, respondendo por 33%, seguidos do Oriente Médio e países da África com 19% e União Europeia 17%.

Do total do comércio global exportador em 2022 de produtos do campo – US$ 1,7 trilhão – (R$ 8,5 trilhão), China, Hong Kong, União Europeia, Reino Unido e Estados Unidos responderam por quase metade desse valor.

A China e Hong Kong somaram US$ 285 bilhões (R$ 1,4 trilhão), enquanto os Estados Unidos aparecem com US$ 277 bilhões (R$ 1,3 trilhão). A União Europeia e o Reino Unido, juntos, ocupam o terceiro lugar com compras de produtos agropecuários no valor de US$ 249 bilhões (R$ 1,2 trilhão) (Forbes, 28/9/23)

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