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Mudanças climáticas ameaçam 4% do PIB global, estima estudo

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Países de renda média e baixa devem ter perdas 3,6 vezes maiores do que as de nações mais ricas.

As mudanças climáticas podem causar uma perda de 4% da produção econômica global anual até 2050 e atingir muitas partes mais pobres do mundo de forma desproporcional, estimou um novo estudo abrangendo 135 países.

A agência de classificação de risco S&P Global, que dá aos países pontuações de crédito com base na saúde de suas economias, publicou um relatório na última terça-feira (26) analisando o provável impacto econômico do aumento do nível do mar e de ondas de calor, secas e tempestades mais regulares.

Em um cenário base em que os governos evitam, em grande parte, novas políticas consideráveis de mudança climática, os países de renda média e baixa provavelmente terão perdas no PIB (Produto Interno Bruto) 3,6 vezes maiores, em média, do que as de nações mais ricas.

A exposição de Bangladesh, Índia, Paquistão e Sri Lanka a incêndios florestais, inundações, grandes tempestades e também à escassez de água significa que o sul da Ásia tem de 10% a 18% do PIB em risco, aproximadamente o triplo da porcentagem ameaçada da América do Norte e dez vezes mais que a taxa da região menos afetada, Europa.

As regiões de Ásia Central, Oriente Médio e Norte da África e África Subsaariana também enfrentam perdas consideráveis. Os países do Leste Asiático e do Pacífico enfrentam níveis de exposição semelhantes aos da África Subsaariana, mas principalmente por causa de tempestades e inundações, em vez de ondas de calor e secas.

“Em diferentes graus, este é um problema para o mundo”, disse o principal analista de crédito governamental da S&P, Roberto Sifon-Arevalo. “Uma coisa que realmente salta aos olhos é a necessidade de apoio internacional para muitas dessas partes (mais pobres) do mundo”.

Os países na região da Linha do Equador ou pequenas ilhas tendem a estar mais em risco, enquanto as economias mais dependentes de setores como a agricultura provavelmente serão mais afetadas do que aquelas com grandes setores de serviços (Folha de S.Paulo, 1/5/22)

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