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EUA e China chegam a princípio de acordo, dizem representantes

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Após encontro de dois dias em Londres, ministros acertam termos a serem apresentados a líderes dos dois países.

O vice-ministro do Comércio da China, Li Chenggang, e o secretário de Comércio dos EUA, Howard Lutnick, disseram nesta terça-feira (10) que os dois países concordaram com uma estrutura de acordo para resolver o impasse sobre o controle de exportações dos EUA e o domínio chinês sobre as terras raras, materiais essenciais para fabricar uma série de tecnologias avançadas.

Após dois dias de conversas em Londres, os representantes concordaram em manter as bases do consenso de Genebra, anunciado em 12 de maio, que definiu a redução em 115 pontos percentuais das tarifas recíprocas entre as duas principais economias do mundo. O princípio de acordo será levado para Donald Trump, presidente dos EUA, e Xi Jinping, líder da China.

A negociação tenta resolver o impasse que ameaçava o consenso de Genebra.

O governo dos EUA criticava o aumento do controle imposto por Pequim sobre as exportações de sete terras raras, depois que Trump começou a impor tarifas cada vez mais altas sobre produtos chineses. Os metais incluem térbio, usado para fabricar lâmpadas de baixo consumo, e disprósio, utilizado em motores de veículos elétricos.

O país asiático responde por 70% da mineração mundial de terras raras e, mais importante, mais de 90% do processamento.

Longe de aliviar as restrições, a China continuou a expandir e aprimorar controles de exportação sobre esses produtos, implementando novos requisitos de licenciamento e reprimindo o contrabando, de acordo com declarações oficiais chinesas e especialistas do setor.

Já o governo chinês afirmava que cumpriu os compromissos de “suspender ou cancelar” as medidas retaliatórias não tarifárias às sobretaxas do “dia da libertação” de Trump em 2 de abril.

Nesta terça-feira, os representantes disseram que foi alcançado um princípio de acordo, mas não anunciaram detalhes.

“Chegamos a uma estrutura para implementar o consenso de Genebra e a ligação entre os dois presidentes”, disse Lutnick. “A ideia é que vamos voltar e falar com o presidente Trump para garantir que ele aprove. Eles vão voltar e falar com o [líder chinês] Xi para garantir que ele aprove, e se isso for aprovado, então implementaremos a estrutura”, complementou o secretário de Comércio dos EUA.

As conversas ocorrem em um momento crucial para ambas as economias, que mostram sinais de tensão devido às tarifas de Trump desde seu retorno à Casa Branca em janeiro.

Dados alfandegários mostraram que as exportações da China para os EUA caíram 34,5% em valor em maio na comparação anual, a queda mais acentuada desde fevereiro de 2020, quando a pandemia de Covid-19 desestruturou o comércio global.

Nos EUA, a confiança das empresas e das famílias desabou, enquanto o PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre contraiu devido a um aumento recorde nas importações, já que os americanos anteciparam compras para evitar aumentos de preços.

Até agora, o impacto sobre a inflação foi moderado e o mercado de trabalho permaneceu relativamente resiliente, embora os economistas esperem que os problemas se tornem mais aparentes durante o verão (Folha, 11/6/25)

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