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Safra 2024/25 de cana deve ter queda de 5,1% na produção

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Apesar da redução, colheita deve chegar a 676,9 milhões de toneladas, segundo maior volume da série.

A produção brasileira de cana-de-açúcar na safra 2024/25 deve alcançar 676,9 milhões de toneladas, uma redução de 5,1% em relação ao ciclo anterior, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (17/4) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). O recuo ocorre apesar do aumento de 5,2% na área colhida, que chegou a 8,77 milhões de hectares. Ainda assim, se trata do segundo maior volume da série histórica.

A produtividade média nacional ficou em 77.223 kg/ha, representando uma queda de 9,8% na comparação com a safra passada.

“A queda é reflexo dos baixos índices de chuvas, aliados às altas temperaturas registradas na Região Centro-Sul, que representa 91% da produção total do país, prejudicando a safra que se encerra. Além disso, a queimada nos canaviais foi outro fator que atingiu negativamente o desempenho das lavouras na atual safra, pois o fogo consumiu vários talhões de cana em plena produção”, diz a Conab.

O levantamento mostra que, enquanto as regiões Norte e Nordeste registraram crescimento modesto na produção, o Centro-Sul apresentou retração. A produção na região Norte/Nordeste cresceu 1,6% em área e teve leve queda de 3,3% no volume total colhido, somando 58,4 milhões de toneladas. Já a região Centro-Sul teve recuo de 5,2% na produção, com 618,6 milhões de toneladas, mesmo com uma ampliação de 5,6% na área cultivada.

Açúcar

A produção nacional de açúcar foi estimada em 44,1 milhões de toneladas, volume 3,4% inferior ao da safra passada. Apesar da menor disponibilidade de matéria-prima, a redução foi amenizada pela preferência das usinas pelo adoçante, motivadas pelos preços mais atrativos no mercado internacional. O Sudeste concentrou mais de 70% da produção nacional de açúcar, com destaque para São Paulo, responsável por cerca de 26 milhões de toneladas.

Etanol

A produção total de etanol a partir da cana-de-açúcar ficou em aproximadamente 29,35 bilhões de litros, com leve queda de 1,1% em relação ao ciclo anterior. Considerando o etanol proveniente do milho, que vem ganhando participação no mercado, o volume total do biocombustível na safra alcançou 37,2 bilhões de litros.

A maior parte da produção segue concentrada na região Centro-Sul, com São Paulo liderando o volume de etanol derivado da cana, com 13,5 bilhões de litros, seguido por Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. No Norte e Nordeste, a produção manteve estabilidade, com destaque para os estados de Alagoas, Paraíba, Bahia, Pernambuco e Tocantins.

A Conab destaca que, diante da rentabilidade do açúcar no mercado internacional, as unidades sucroenergéticas mantiveram o direcionamento do mix para a produção do adoçante em detrimento ao etanol. No entanto, o crescimento contínuo da produção de etanol de milho segue como uma tendência consolidada, especialmente na Região Centro-Oeste, que tem investido em novas plantas industriais (Globo Rural, 17/4/25)

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