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Documento mostra posicionamento do setor agropecuário para COP27

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A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) entregou ao governo, na manhã desta terça-feira (18), o posicionamento do setor agropecuário do País para a 27ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP27). A CNA estará presente na COP27 que será realizada de 6 a 18 de novembro, no Egito, e reunirá líderes de todas as nações para debater sobre o clima.

“Formulamos as propostas a seguir como forma de contribuir com as negociações e expressar a posição da agropecuária brasileira”, disse a entidade. No documento, a CNA listou cinco temas centrais que deverão ser apresentados na COP27. São eles: uma nova meta quantificada de financiamento climático; mecanismos focados em adaptação; adoção do plano de ação para a agricultura, resultado das negociações do Koronívia (grupo de trabalho); operacionalização dos mecanismos de mercado de carbono e recomendações de ordem geral aos negociadores brasileiros. Segundo a CNA, este posicionamento “visa a subsidiar o entendimento e o posicionamento do setor agropecuário – parte integrante da delegação brasileira – frente às negociações da COP27”.

A entidade lembrou que o agro brasileiro já tem um papel importante na Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês) consolidada pelo País durante a COP26. No último ano, o Brasil concordou em reduzir sua emissão de gases de efeito estufa em 37% até 2025 e 50% até 2030, em relação ao emitido em 2005.

E também alcançar a neutralidade climática até 2050, zerar o desmatamento ilegal até 2028, restaurar e reflorestar 18 milhões de hectares de florestas para uso múltiplo até 2030 e aumentar a participação estimada entre 45% e 50% de energias renováveis na composição da matriz energética em 2030, conforme a CNA.

Na avaliação da CNA, para que o Brasil alcance tais índices será preciso detalhar sua estratégia para chegar às metas propostas, “imputando ações individualizadas nos sistemas produtivos que, somados, compõem as NDCs”.

A entidade lembrou, ainda, que o financiamento climático é um dos pilares da COP e do Acordo de Paris, principalmente quando se considera o seu papel para fomentar a implementação das ações de mitigação e adaptação pelos países em desenvolvimento.

“As discussões sobre financiamento na COP26, em Glasgow, evidenciaram que a meta de US$ 100 bilhões por ano a partir de 2020 está longe de ser alcançada, o que prejudica, sobremaneira, a implementação do Acordo de Paris”, avaliou.

Segundo a CNA, o Brasil pode “e deve receber recursos de financiamento climático para apoiar a conservação de vegetação nativa e também a implementação de projetos de restauração florestal”.

A entrega do documento foi feita pelo presidente da CNA, João Martins, durante o seminário “Agropecuária Brasileira no Acordo de Paris”. Outro tema que será discutido nesta manhã será o “Cenário internacional dos compromissos ambientais e a segurança alimentar”. O encerramento será feito pelo presidente da Comissão Nacional de Meio Ambiente da CNA, Muni Lourenço (Broadcast, 18/10/22)

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