Confira as notícias do Agronegócio no Paraná

CerradinhoBio saiu do vermelho e teve lucro no primeiro trim. de 2025/26

Negócio de milho já contribui dez vezes mais que a cana para o resultado operacional da empresa.

A CerradinhoBio saiu de prejuízo para lucro no primeiro trimestre da safra 2025/26, já que a alta do etanol ajudou na recuperação do desempenho do negócio de cana-de-açúcar e na melhora do negócio de etanol. O resultado líquido ficou positivo em R$ 72,4 milhões, em comparação com um prejuízo de R$ 149 mil no mesmo trimestre da temporada passada.

O negócio de milho já contribui dez vezes mais que o negócio de cana para o resultado operacional da CerradinhoBio. O lucro antes de juros e impostos (Ebit) do negócio de milho alcançou R$ 181,3 milhões, uma alta de 238,9%, enquanto o Ebit do negócio de cana ficou em R$ 14,8 milhões, um aumento de 78,5%.

A companhia ampliou seus ganhos ao dar prioridade, dentro do negócio de etanol de milho, à produção do etanol anidro (aditivo da gasolina), enquanto no negócio de cana passou a direcionar parte de sua matéria-prima para a produção de açúcar. A receita líquida da CerradingoBio no trimestre cresceu 52%, para R$ 1 bilhão, enquanto o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado subiu 120,4%, para R$ 332,2 milhões.

O volume de milho processado em suas duas unidades industriais cresceu 4,2%, para 379 mil toneladas.

Já o negócio de cana-de-açúcar foi afetado por uma forte quebra de produtividade, ainda resultado da seca e dos incêndios do ano passado, e pelas chuvas que ocorreram no trimestre e atrasaram a colheita. Da cana colhida, a produtividade registrada no trimestre caiu 26,8% na comparação com o mesmo período da safra passada e ficou em 78,5 toneladas por hectare. A moagem da cana, por sua vez, recuou 9,8%, para 1,7 milhão de toneladas.

As operações de cana ainda foram afetadas pela piora da qualidade da matéria-prima, já que a quantidade de Açúcares Totais Recuperáveis (ATR) cedeu 2,8%, a 123,5 quilos por tonelada de cana.

Dado o início das operações da fábrica de açúcar em meados do ano passado, depois do primeiro trimestre de 2024/25, parte do caldo da cana deixou de ser destinado à produção de etanol, o que contribuiu para a redução da fabricação do biocombustível.

A construção da fábrica de açúcar foi o último investimento relevante da companhia. Agora, os desembolsos em bens de capital voltaram-se para as atividades de manutenção, o que fez com que o capex total caísse 35,1%, a R$ 116,2 milhões.

Com o freio nos investimentos, a relação entre dívida líquida e Ebitda (alavancagem) caiu de 2,89 vezes no mesmo trimestre da safra passada para 1,57 vez. A dívida líquida da companhia somava R$ 2,1 bilhões no fim de junho, alta de 11% na comparação anual (Globo Rural, 13/9/25)

Compartilhar:

Central de Atendimento

Contato: André Bacarin

    Acesse o mapa para ver nossa localização