Nem o fechamento de usinas pela Raízen ajudou a companhia na estratégia de melhorar seu desempenho financeiro e conter a alta do endividamento. É o que afirma a própria empresa em seu balanço.
No primeiro trimestre deste ano, a empresa fez um provisionamento de R$ 327 milhões para cobrir estimativa de perdas com o fechamento, entre 2023 e 2024, das usinas Santa Helena e Morro Agudo, ambas no interior de São Paulo. O encerramento das atividades tem sido uma estratégia da empresa para reduzir o seu endividamento.
O provisionamento realizado equivale a 13% do total do prejuízo de R$ 2,5 bilhões apurado pela empresa no primeiro trimestre deste ano.
O valor se refere à estimativa de depreciação do maquinário e demais ativos parados nas usinas nesse período, o que fez a Raízen a congelar parte de seu caixa.
Para o mercado, esse quadro sinaliza um cenário de mais dificuldades para a companhia, que planeja a desativação de novas usinas. Na semana passada, a Raízen anunciou o fechamento por tempo indeterminado da Santa Elisa, em Sertãozinho (SP).
Apesar de ter levantado R$ 1 bilhão com a venda de 3,6 milhões de toneladas de cana-de-açúcar que estavam disponíveis para a produção nessa usina, novas provisões para cobrir a desvalorização dos ativos que estão parados no local podem aparecer em balanços no futuro.
Consultada, a companhia não quis se manifestar (Folha, 25/7/25)