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Petróleo despenca pelo 3º dia e fecham no menor valor em duas semanas

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Investidores mantêm otimismo pelo fim do conflito no Oriente Médio e expectativa de manutenção da rota do estreito de Hormuz

Os preços do petróleo voltaram a despencar pelo terceiro pregão seguido e fecharam abaixo do patamar de US$ 70 nesta terça-feira (24) apesar de relatos de que Israel e Irã violaram o cessar-fogo anunciado pelo presidente dos EUA, Donald Trump, na véspera.

Mesmo com a violação do acordo, os investidores seguiram otimistas em relação a uma desaceleração das hostilidades, além da perspectiva de que a rota de navegação do estreito de Hormuz, por onde passa cerca de 25% do petróleo mundial, não será fechada.

Diante desse cenário, os mercados precificaram a queda do petróleo, que atingiu o seu menor valor em duas semanas.

Os contratos futuros do petróleo Brent, referência mundial, caíram US$ 4,34, ou 6,1%, e fecharam a US$ 67,14 (R$ 369,94) por barril. Já petróleo WTI(West Texas Intermediate), referência dos EUA, caiu US$ 4,14, ou 6%, a US$ 64,37 (R$ 354,67).

O fechamento foi o mais baixo para o Brent desde 10 de junho e para o WTI desde 5 de junho, quando Israel ainda não tinha lançado um ataque surpresa às principais instalações militares e nucleares iranianas —fato que ocorreu apenas em 13 de junho.

Na segunda-feira, ambos os contratos de petróleo caíram mais de 7%. Eles haviam atingido máximas de cinco meses depois que os EUA atacaram as instalações nucleares do Irã no fim de semana.

Nos mercados de ações, as principais Bolsas pelo mundo subiram nesta terça.

As Bolsas da Ásia fecharam em alta ainda impactadas pelo anúncio do cessar-fogo. Na China, o índice CSI 300, que reúne as principais companhias listadas em Xangai e Shenzhen, saltou 1,20%. Já o SSEC, de Xangai, subiu 1,15% e o Hang Seng, em Hong Kong, valorizou 2,06%.

No Japão, o índice Nikkei terminou em alta de 1,14%, enquanto em Seul houve subida de 2,96%.

O otimismo para investimento de risco também se refletiu na Europa, com as principais Bolsas fechando em alta.

O índice pan-europeu STOXX 600 fechou em alta de 1,11%, a 540,98 pontos, atingindo o maior nível em uma semana durante a sessão e registrando seu maior salto em um único dia em mais de um mês.

Os destaques foram em Milão e Frankfurt, com os índices se valorizando 1,63% e 1,60%, respectivamente. Madri (1,41%), Paris (1,04%) e Lisboa (0,57%) também avançaram, enquanto Londres teve alta discreta de 0,01%.

As ações dos Estados Unidos também refletiram o viés positivo, com altas de mais de 1%. O S&P 500 ganhou 1,11%, para 6.092,18 pontos. O índice de tecnologia Nasdaq avançou 1,43%, para 19.912,54 pontos. O Dow Jones subiu 1,19%, para 43.089,02 pontos.

No mercado doméstico, o Ibovespa avançou 0,44%, a 137.164 pontos.

A trégua entre os dois países entrou em vigor à 1h (horário de Brasília), mas já corre risco. Trump disse, horas depois do anúncio de cessar-fogo, que israelenses e iranianos haviam violado o que foi determinado e voltaram a se atacar.

“Nós basicamente temos dois países que têm lutado há tanto tempo, e tão duramente, que eles não sabem que porra estão fazendo. Você entende isso?”, afirmou irritado sobre os rivais a repórteres na Casa Branca, ao embarcar para a cúpula da aliança militar Otan, na Holanda, onde queria fazer sua “volta da vitória”, vendendo-se como pacificador.

“A primeira incerteza que enfrentamos é se o conflito entre Israel, EUA e Irã acabou”, disse Kit Juckes, estrategista macro do Societe Generale, mencionando relatos de novos lançamentos de mísseis.

“Depois disso, não sabemos o que os ataques no Irã significarão para a liderança do país.”

“Há vontade política e desejo de paz de todas as partes. Se eles conseguirem seguir adiante, acho que veremos um cessar-fogo permanente e temos que acreditar que isso pode acontecer”, afirmou Nick Saunders, presidente-executivo da plataforma de negociação Webull UK (Folha, 25/6/25)

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