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Agrishow registra aumento de 7% em intenções de negócios

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Volume estimado nas transações envolvendo máquinas agrícolas é de R$ 14,6 bilhões.

A Agrishow encerra nesta sexta-feira (2/5) em Ribeirão Preto (SP), com R$ 14,6 bilhões em “intenções de negócios” ante os R$ 13,6 bilhões do ano anterior, um aumento de 7%. A expressão passou a ser usada há dois anos no lugar de faturamento como referência dos negócios fechados e também os encaminhados durante a feira, mas que eventualmente ainda aguardam financiamento.

“Os pedidos foram feitos, mas grande parte das intenções de vendas está vinculada ao novo Plano Safra. Esse valor anunciado depende das condições das taxas e do volume de juros para se confirmar”, disse em coletiva João Carlos Marchesan, presidente da feira que é considerada a maior da América Latina em tecnologia agropecuária.

Ele ressaltou que os números se referem apenas às vendas de máquinas agrícolas, equipamentos de irrigação e armazenamento. Setores como caminhões, picapes, aviões, insumos, agricultura de precisão e outros ficam fora da conta. Segundo Marchesan, a feira recebeu 195 mil visitantes.

Pedro Estevão Bastos, presidente da Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas (CSMIA), da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), disse que o percentual de aumento ficou próximo dos 8,2% projetados antes da feira.

“A maioria dos fabricantes de máquinas agrícolas está saindo feliz porque vendeu mais que no ano passado.”

Marchesan disse ainda que conversou nesta sexta com o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, que visitou a feira, e ele expressou a mesma preocupação que tem o setor de máquinas agrícolas com os juros e volume do novo Plano Safra.

“Com a taxa Selic em 14,25% com tendência de subir, o volume de recursos que o governo terá que aportar para equalizar os juros será maior. No atual Plano Safra, o dinheiro para agricultura familiar foi bom e ainda tem recursos com juros de 2% a 5%, mas o dinheiro do Moderfrota e Pronamp acabou em três meses. Com taxas que chegam a 21% no banco privado, fica difícil o produtor investir.”

A feira

Como ocorre todos os anos, a Agrishow foi palco de muitos lançamentos, como a maior colheitadeira do mundo da New Holland, o trator importado de mais de 400 cv da Valtra, o investimento da Massey Ferguson no setor de cana-de-açúcar e o protótipo de camionete a biometano da Toyota.

Durante a semana, no entanto, executivos das grandes indústrias de máquinas agrícolas relataram à reportagem preocupação com o cenário econômico, especialmente com as altas taxas de juros, que forçam as empresas a fazer “malabarismos” para oferecer condições vantajosas aos produtores.

As vendas por consórcio e as compras de máquinas em dólar ou euro foram citadas como as ferramentas de financiamento mais buscadas pelos produtores diante da dificuldade de acesso às linhas subsidiadas e da taxa de juros dos bancos privados que atingem 20%.

O tarifaço adotado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, também foi fator de preocupação nos estandes da feira, já que o clima de insegurança diminuiu a confiança do produtor em fazer novos investimentos.

Já as indústrias de máquinas para pecuária, como a Casale, projetavam “atropelar” o recorde de vendas estabelecido no ano passado devido ao ciclo favorável da pecuária. Os negócios na Agrishow também animaram empresas de implementos, de drones e de picapes.

Expansão

Marchesan disse ainda que a organização da feira já trabalha para expandir sua área, hoje de 520 mil m2, para receber expositores que gostariam de também fazer negócios na feira.

“Vamos expandir a feira no sentido longitudinal. Já falamos com o governador paulista (Tarcísio de Freitas), que nos pediu um projeto para esse aumento de área. À reportagem, Marchesan falou em aumentar a área de exposição para 800 mil m2 (Globo Rural, 2/5/25)

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